segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ao Poeta Maior

Sabe Carlos você foi dos Raimundos
O que mais entendeu este vasto mundo
Pois dele fez poesias
E não precisou amar a ninguém.

Construiu uma fazenda nos ares
Usou de palavras mágicas
Foi um historiador do amor
Do amor fez até uma toada.

Você fez da palavra quero
O chão é a cama para o amor urgente
O novo homem que briga em dois rumos
Que a véspera nos mandou um convite triste.

Só você nos ensinou sobre a sociedade
Que a destruição é um inquérito
Que Deus pode ficar triste
Que ainda quero me casar cedo.

Hoje, você não está mais aqui.
Foi declamar no céu
Mas te vejo ainda sentado em Copacabana
Sempre olhando para as ondas do mar.

Quero te fazer uma confissão
Você é o nosso poeta maior
Você poder viver essas coisas em qualquer tempo
Afinal, agora você é eterno.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sábado, 29 de outubro de 2011

Interior

Entre, essa é a nossa casa
Simples...
Por favor, sente-se
Ou olhe pela janela.

São nossas minas
Minas Gerais
Um grande rincão
Um estado de amantes.

Um Ser tão mineiro
Onde cantam as cigarras
Rastejam as cobras
E nascem as veredas.

Aqui é o interior
Longe de tudo
Cheirando a pão de queijo
Uai! que trem bom sô!

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A beira do caminho.

Estou à beira do caminho
Mas não sei que rumo tomar
Se parto em destino a Terra
Ou se desço em destino ao mar

Os carros estão sempre passando
Com pessoas indo a algum lugar
Porém parei no caminho
Pois o caminho é meu caminhar.

Se acredito na vida já estou de partida.
Se duvido da vida então vou retornar
Em algum lugar alguém me espera
Em algum lugar eu posso chegar.

Mas se fico parado
Vejo outros caminhando
E o meu caminho para trás vai ficando
Então venha! Vamos juntos caminhar...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sarobá

Estrelas flutuantes
Em um ponto da cidade
Mulheres vendendo amor
Homens matando saudades.

Marias, doces Marias
De cristais e fantasias
Incandescem nossos sexos
Não passamos de bonecos.

A vida compra o tormento
A morte pede  passagem
E leva o garanhão dos sonhos
Em suas viagens.

Sarobá da rua
Rua nua e crua
Malcheirosa e doente.

Pedro Sampaio!


Autor: Gilberto Fernandes Teixeira
Arte: Sinhá Sinha