sábado, 21 de janeiro de 2012

Sagarana




Todo vaqueiro tem uma sina
E uma cisma
Sina de olhar o gado
Cisma de morrer pobre e sem amor.

Por isso ele toca berrante
Para chamar o que é seu
Ajuntar as suas traias...
“Ele mede seu leite pela espuma”,

É um nômade pelas veredas
Peregrino em lombos de burros
Conhecedor de tocais
Inventor de palavras.

Cantor solitário
"Lá em cima daquela serra”
Está sempre pronto para um duelo
Por que dizem ter o corpo fechado.

O resto é só prosa...
Ou estórias para "boi dormir"

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

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