segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Alianças



Na corrosão das horas
No desgaste das almas
Assim vão nossos dias
Lapidando diamantes.

Como um ourives
Que derrete o ouro
Que estuda as formas
Para fazer um anel.

As relações nos desgastam
“Triste época mais fácil
Desintegrar um átomo
Do que um preconceito”

A pedra bruta...
A brutalidade dos homens
Uma poesia incrustada
Muitas escórias no espírito.

Como fazer uma jóia?
A pedra é bela
Mas as facetas estão
Tampando seu brilho.

Volto ao esmeril do perdão
Ao martelo do amor
Ao forno da esperança
E faço um par de alianças.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

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