domingo, 16 de fevereiro de 2014

O cheiro das águas.


Passa o tempo
Desbotam-se as cores
Envelheço na cidade

Meus sonhos emigram
Para outros canteiros
Os colibris enlouquecem

As pétalas insistem
Mas a raiz se nega a sugar a seiva
Seria  o meu triste destino?

Mas já fiz o meu  papel de flor
Já  fiz a minha primavera
Já lancei fora as minhas sementes

Passa o tempo
Desbotam-se as cores
Então, apenas anseio o cheiro das águas.


Autor: Gilberto Fernandes Teixeira