sexta-feira, 29 de julho de 2011

A pascoa de Cristo


A arca do concerto,
Pão asno e ervas amargas,
“Afaste de mim este cálice!”
Alguém entre vós, me trairá...

Mas minha mensagem é de amor
Que amem uns aos outros,
Que perdoe os vossos pecados,
Que levem a boa nova aos confins da Terra.

Não sou um Deus vingativo,
Como queria meu povo Israel,
Sou o novo nascimento,
Assim na terra como nos céus.

Ressurreição, esta é a palavra chave,
Que tive de anunciar,
Mesmo que estejas morto.
Certamente viverás.

Novos céus e nova Terra,
Moradas, vou lhes preparar,
Pois o meu reino não é deste mundo,
É eterno e jamais passará.

Ainda que a língua dos anjos, um dia possa acabar, 
Deixo com vocês o amor, que do espelho se livrará.
Frente a frente no meu reino
Com vocês quero reinar...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

As margens do rio formoso.


“A beira do límpido regato”
Onde as águas são espelhos
Onde repousam as inspirações
Encantei-me com sua poesia.

Nas horas ensolaradas
Em que pulam os dourados
Fico em suas margens meditando
E a minha alma lavando.

Rio formoso
Só você é maravilhoso
Faz um final de semana gostoso
Nós da forças para viver.

Pequeno pedaço do paraíso
Se morrer fosse preciso
Por você morreria.
Mas agora só quero nadar...


Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A terceira margem do rio


Logo alí, na curva do rio
Onde o barco balança a proa,
E o pescador abandonou a canoa,
Está a terceira margem do rio.

Não me pergunte porque  nunca passei por lá.
Mas, só sei de ouvir falar.
Que mistérios existem naquele lugar,
De quem foi, não pode mais voltar.

Dizem que ele se encantou,
Em um barqueiro eterno se tornou,
Até que outro pescador tome o seu lugar.
A terceira margem será sempre seu penar.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A verdadeira paz.


Qual é mesmo o teu nome?
Por que se veste de branco?
Perdoa-me a indiferença,
Dai-me calma e paciência.
Tenho fé no teu olhar,
Molha os meus lábios com o teu sopro,
Tenho esperanças em teu futuro,
No teu desencanto.
Qual é mesmo o teu papel na história?
Por que ainda perdoa os homens,
Seres das guerras e das formas cruéis de autodestruição.
Qual é mesmo o teu nome?
Tenho que descobrir a tua face!
Tenho que beijar o teu rosto,
Molha os meus lábios com o teu sopro.
Lava a minha alma com a tua paz.
“A verdadeira paz só tem aqueles que conhecem a Jesus”.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

domingo, 17 de julho de 2011

Ruínas da Estação Ferroviária de Buritís das Mulatas.


No começo, nada!
Depois de um grande esforço,
Uma parede,
Duas paredes,
Três paredes,
Um quarto.

Chega o relógio!
A casa toma forma e vida,
A vida agora tem tempo.

Entram pessoas,
Saem pessoas,
Discutem,
Abraçam-se,
Amam-se, odeiam-se.
Esquecem-se.

O tic tac aumenta,
O tic tac diminui,
O tic.tac pára,
O relógio despenca
A parede tomba,

O quarto some,
A casa cai,
As ruínas aparecem,
E de repente nada!

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

terça-feira, 12 de julho de 2011

"Professor"


Para fazer uma boa rima.
Professor!
Para aprender a tão desprezada matemática.
Professor!
Para mudar uma nação.
Professores!
Para por o Brasil no rumo certo.
Professores!
Para que a educação não seja privilégio de alguns.
Para que o Brasil saia do berço esplendido e vá à escola.
Todos nós!
Liberta que será também.
Para quebrarmos os muros.
Uma excelente educação!
Para que todos tenham:
Ecologia,
Mordomia,
Disciplina, segurança e igualdade social.
No Brasil ser professor é ser herói sem esperanças,
E tentar lutar, “mas não com essa farda”.
“Educar é uma comunhão” (Paulo Freire)
Companheiros e com panes...
Hei! Professores não é só na sala de aula.
Façamos lição de casa,
Investir na educação,
Esqueçam os reis de Portugal,
Não queremos só aprender a obedecer,
“Ser mais um tijolo do muro..."
Uma nação pode ter o governo que merece,
A educação que procura,
O professor que ensina,
O aluno que sabe aonde quer chegar.
O caminho é estudar,
A ponte é o professor,
A vocação é sua,
A poesia só contribuiu...

“Para ser um país sério, não devemos brincar com a educação”.


Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Coração de estudante.


História,
Geografia,
Matemática,
Português.
Se sobrar um tempinho, estudar inglês.
Química,
Biologia,
Física,
Espanhol.
Se sobrar um tempinho, jogar futebol.
E o coração de estudante!
Onde fica?
Fica aí perdido,
Acelerado,
Ou pode estar aqui do lado,
Na folha da juventude.
E fé...
Abram seus livros na página 25,
Vamos estudar!
Recreiooooo pessoal,
Acabou a aula.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

"O vapor"

Imaginem...

Na revolução industrial!
No auge do vapor.
 Quem levará o meu amor?
Meu suspiro seu doutor.

E assim as rodas d´ águas,
Deixaram os velhos moinhos,
Impulsionaram as Chalanas,
Fazendo dos rios caninhos.

Um apito e muita lenha,
Chaleira a carregar,
Não é só café com pão nos trilhos,
É café com pão no mar.

Mas um dia veio o Sr. Diesel,
Com seu motor a explosão,
Que mandou Sr. Benjamim Guimarães,
A vir morar cá no sertão.

Assim é que  o progresso chegou,
Em um barco a vapor...
Que hoje é o nosso cartão,
E ancora em meu coração.


Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ensaios Poéticos

Escrever no branco.
Deixar cair o azul do céu.
Pena no papel
Riscos e rabiscos
O que dizem?
O que falam?
São gotas sábias as palavras
Na mão viril e inocente do poeta.
“Deus escreve certo por linhas tortas”
O que dizem as palavras?
O que falam as palavras?
Talvez sussurram...
Talvez murmuram...
Sobre a vida,
Sobre o homem.
Ou talvez ensaiam...
Uma biologia sem vida,
Uma química sem átomos,
Uma física sem movimentos.


Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

terça-feira, 5 de julho de 2011

“Navegar é preciso”


“Sempre haverá um barco e um porto solidão
A espera das almas amantes que estão de partida.”
 Venha navegar comigo.

Este Rio é uma artéria do mar que se infiltrou no sertão
Dele nos alimentamos
Dele podemos sonhar...
E até quem nunca viu o mar
Deixa pra lá...  mas já viu o São Francisco.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sábado, 2 de julho de 2011

Ponte Marechal Hermes


“Como uma ponte sobre um rio de águas turbulentas
eu vou me deitar.” Para ler ouvindo:  Simon & Garfunkel.

Eu sou apenas uma ponte,
Que te liga às duas margens do rio.
Estou deitada sobre as muitas águas,
Dei-me as suas mãos e os seus pés,
Que Vamos começar a TRAVESSIA...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Trilhos do além.

São apenas dois trilhos sobre os dormentes,
E um trem fantasma que de longe apita,
Assim é meu coração,
Uma pequena estação no meio do nada.
Aguardando a locomotiva da vida,
Como um calango que balança a cabeça
Fico esperando na aurora dos dias,
No causticar do sol nas paredes.
Esses trilhos do além.
Que não levam a nada,
São como a minha alma estagnada,
Que adormeceu no sertão.
Este ser tão mineiro,
Que me consome por inteiro,
É o meu grande pesadelo,
Passar pela estação da vida e perder o trem da sorte.
E ter que embarcar de fato no trem da morte.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

Estação


Nunca mais um trem,
Passou pela estação,
Ficaram apenas os trilhos e as velhas casas abandonas,
Também ficaram as saudades e as suas lembranças.

Existe um menino perto dos trilhos,
Brincando descalço sobre os dormentes.
Ele espera um homem que partiu,
No seu vagão da eternidade.

Ao longe ele ouve um apito e vê uma fumaça,
Dos fantasmas que ainda rodam a "estação da vida".

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira