sábado, 27 de outubro de 2012

Versos teus.


Empreste-me uns versos teus
Para completar os versos meus
Por que a minha poesia foi embora
E fiquei assim sem argumentos.

Empreste-me uns versos teus
Por que já é tarde e finda à hora
Empreste-me uns versos teus
Pois estou só e sofro com a solidão.

Empreste-me uns versos teus
Para completar os versos meus
Por que meu poema insiste em acabar
E não tenho mais inspirações.

Empreste-me sua poesia
E podes ficar com estas flores!

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Insônia

                                                                       


Quando a noite cai

E o sono não chega

É em você que penso

Neste silêncio...

 

Entre estrelas mil

Pontos de lumes

Seus olhos verdes me lembram

Sutis vagalumes.

 

Quando a noite cai

E o meu corpo treme

È sua alma que aquece

Quem nunca lhe esquece.

 

Entre suas lembranças

Perambula meu ser

Passo noites acordado

Pois minha insônia é você.

 Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cata-vento


Sou um cata-vento
Esperando na inércia das horas
Um sopro do seu coração
Uma brisa do seu mar.

Não atraso meu labuto
Rodo o mundo em mim mesmo
Sou uma borboleta presa aos eixos
Minha rotação é a vida.

Sou apenas um cata-vento
Que gira nos olhos da criança
Que rima nos versos da poesia
E que não para descansar.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Algodão doce


Ela me disse adeus
Pegou suas malas
Ajuntou suas roupas
Passou um batom vermelho
Deu-me um sorriso

Pensei em beijá-la
Mas ela se foi
Como em um sonho
Dissolvendo...
Feito algodão doce.

Autor; Gilberto Fernandes Teixeira.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Procura-se

Procura-se:
Um professor feliz
Que recebe um bom salário
Que tem o respeito dos seus alunos
Que é valorizado pelos políticos
Que consegue mudar alguma realidade
Quem encontrar!
Devolva na rua da dignidade
Esquina com a boa educação
Sem número.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Nostalgia


Este é o meu interior
Terra de solo batido
Poeira vermelha
“Poeira do meu sertão.”

Abrem-se os caminhos
Nas veredas do meu coração
Quase longinquamente...
Desponta meu universo.

Não sou nada além do vento
Neste cerrado quente
Sou apenas o cantar das cigarras
E o pastar dos bois.

Meus olhos são miragens
Meus braços são rios
Meus pés são de serra
E minha vida uma grande nostalgia.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O ultimo poema.


Eis que o Senhor declamará o ultimo poema
Porque somente Ele é digno de abrir o livro
E assistiremos à criação de um novo céu e de uma nova Terra
Também ouviremos as vozes de miríades de anjos.

“Pois somente o amor é eterno”
Eternas são as suas palavras
Pois somente o Senhor é Deus
Hosanas nas altuas, gloria e aleluia.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira