sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A estranha leveza do ser.


Se quiseres voar...
Que voe!
Não te prendi em gaiolas
Não te coloquei algemas.
 
O mundo nos fez assim...
Livres!
Pássaros que podem ser feridos
Amizade que deve ser lapidada.

Entre nós deve existir uma leveza
“A estranha leveza do ser”
Aquela que não cobra
O que nunca poderá receber!

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

domingo, 23 de dezembro de 2012

"Feliz NataL"


“Então é natal”...
Que bom o renovo!
Mais um nascimento
Esperança para o povo.

Para onde iríamos?
Nossa humanidade
Pois só Cristo
Deu-nos rumo e a eternidade.

“Então é nata!”
“A festa cristã”
O velho se fez novo
E podemos crer no amanhã!

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

domingo, 9 de dezembro de 2012

O retorno



Passei horas vazias
No puro carregar das magoas
Sem nexo ou anexo
Matutando besteiras.

Assim se foram meus dias
O quanto perdi?
O quanto ganhei?
Não importa!

Abri de novo a janela
Olhei para o céu azul
Recarreguei minhas baterias
E estou de volta.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira
.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O rosto



Seria! Apenas mais um rosto
Um rosto na multidão
Se perdendo...
Se escondendo.

Se não fosse os meus olhos
Que lhe seguem
Lhes perseguem
E insistem em me fazer amar.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Única flor.


Os ventos uivantes
Sopram além do meu ser
Floresço á beira do caminho
Sempre solitário.

Porque insisto?
Porque não desisto?
Não quero ser pedra de tropeço
Mas também não quero pisado.

Liberto um sorriso amarelo
Sobre um frio concreto cinza
As margens da vida
Nas brechas da vida.

Meu tempo?
Durará tão pouco
Que se não abrir em flor
Jamais saberei o que é primavera.

Autor; Gilberto Fernandes Teixeira.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Existir



Existir é insistir
Sob o sol
A vida não vai além
Da dor e da delicia.

Resistir ao calor
Abrir e fechar pétalas
Lançar fora
Sementes.

Existir é fazer valer a pena
Não pelos méritos
Mas pelo número
De netos.

Autor; Gilberto Fernandes Teixeira

sábado, 27 de outubro de 2012

Versos teus.


Empreste-me uns versos teus
Para completar os versos meus
Por que a minha poesia foi embora
E fiquei assim sem argumentos.

Empreste-me uns versos teus
Por que já é tarde e finda à hora
Empreste-me uns versos teus
Pois estou só e sofro com a solidão.

Empreste-me uns versos teus
Para completar os versos meus
Por que meu poema insiste em acabar
E não tenho mais inspirações.

Empreste-me sua poesia
E podes ficar com estas flores!

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Insônia

                                                                       


Quando a noite cai

E o sono não chega

É em você que penso

Neste silêncio...

 

Entre estrelas mil

Pontos de lumes

Seus olhos verdes me lembram

Sutis vagalumes.

 

Quando a noite cai

E o meu corpo treme

È sua alma que aquece

Quem nunca lhe esquece.

 

Entre suas lembranças

Perambula meu ser

Passo noites acordado

Pois minha insônia é você.

 Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cata-vento


Sou um cata-vento
Esperando na inércia das horas
Um sopro do seu coração
Uma brisa do seu mar.

Não atraso meu labuto
Rodo o mundo em mim mesmo
Sou uma borboleta presa aos eixos
Minha rotação é a vida.

Sou apenas um cata-vento
Que gira nos olhos da criança
Que rima nos versos da poesia
E que não para descansar.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Algodão doce


Ela me disse adeus
Pegou suas malas
Ajuntou suas roupas
Passou um batom vermelho
Deu-me um sorriso

Pensei em beijá-la
Mas ela se foi
Como em um sonho
Dissolvendo...
Feito algodão doce.

Autor; Gilberto Fernandes Teixeira.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Procura-se

Procura-se:
Um professor feliz
Que recebe um bom salário
Que tem o respeito dos seus alunos
Que é valorizado pelos políticos
Que consegue mudar alguma realidade
Quem encontrar!
Devolva na rua da dignidade
Esquina com a boa educação
Sem número.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Nostalgia


Este é o meu interior
Terra de solo batido
Poeira vermelha
“Poeira do meu sertão.”

Abrem-se os caminhos
Nas veredas do meu coração
Quase longinquamente...
Desponta meu universo.

Não sou nada além do vento
Neste cerrado quente
Sou apenas o cantar das cigarras
E o pastar dos bois.

Meus olhos são miragens
Meus braços são rios
Meus pés são de serra
E minha vida uma grande nostalgia.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O ultimo poema.


Eis que o Senhor declamará o ultimo poema
Porque somente Ele é digno de abrir o livro
E assistiremos à criação de um novo céu e de uma nova Terra
Também ouviremos as vozes de miríades de anjos.

“Pois somente o amor é eterno”
Eternas são as suas palavras
Pois somente o Senhor é Deus
Hosanas nas altuas, gloria e aleluia.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

domingo, 30 de setembro de 2012

Esperanças


Horas vazias...
Inércia dos ponteiros
Relógios no tempo
Enferrujando...

Ácidos orgânicos
O sol e seus radicais livres
Oxidação da pele
Rugas!

A passagem da vida
As dobras no rosto
A fadiga!
E ainda há esperanças?

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sobrevida.


Peça por peça
Lubrificadas com o óleo do amor
Trabalhado no macio.

Assim funciona o relógio do coração
Cuja corda ela puxou
E cujas horas foram corrigidas.

Um dispositivo marcapassos
Ficando em meu peito.
"Sobrevida".

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Reflexo



Pois em mim não há mais nada
Além de uma imagem refletida
Sou apenas uma foto torpe
O inverso do verso da vida.

O reflexo!
Sou eu...
Desvairada,
Enlouquecida.

Se o espelho mente
Pouco importa
Olho-me profundamente
E assim contemplo o meu vazio.

Autor> Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Emoção.


Não quero apenas o sorriso seu
No meio desta multidão
Quero ouvir a sua voz
Vindo do seu coração.

E quando nossos olhares se cruzarem
E todos ficarem calados
Quero dizer que te amo
Que estou apaixonado.

E se ninguém notar tal paixão
Vou subir por sobre seus ombros
E pular no duro chão
Rolar feito bolinhas

E sorrir de emoção...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Lua de mel.


“Mulher de fases”
Já fostes lua nova,
Lua cheia,
Quarto minguante,
Quarto crescente.
Mas hoje é apenas...
“Uma lua de mel”.

Autor Gilberto Fernandes Teixeira

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Medo de ficar só.



Encostei meu coração
Bem próximo á porta.
Para quando você se for
Não se esquecer de levá-lo.

Porque ele tem muito medo de ficar sozinho...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Criado-mudo




Ele mediu milimetricamente as palavras
Comprou um criado-mudo
Abriu uma das gavetas
Trancou a porta por dentro
Jogou a chave fora.

E foi dormir com o silêncio...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sábado, 1 de setembro de 2012

Voando...



Queria lhe pintar no papel
Então, peguei tinta e pincel.
No primeiro risco lhe perdi

Mas no segundo risco lhe encontrei
Então, foi ai que descobri.
Que você estava apenas voando...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O ciclo


Uma folha em um ramo qualquer
A se perder com o tempo
Nascer, crescer, reproduzir e morrer.
Um ciclo que chamamos de vida.

E eu por cá a falar com meus botões
Pensando que vida era só poesia
Era sonhar sem sofrer
Descobri que ainda me resta fechar o ciclo.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Melancolia



Empreste-me seus ombros
Empreste-me seu lenço
Que quero chorar em seus braços
Aquece meu coração.

Hoje o meu dia foi melancólico
Eu tinha que culpar alguém
Eu precisava chorar também
Pois estava com raiva de tudo.

Empreste-me seus ombros
Aperte-me em seu peito
Coloque nossa musica na vitrola
Por favor! Dance comigo.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ipê roxo


Nada além de sombras
Minha vida será esquecida
Passagem sobre o vento
Fim da ventania.

Não quero saudades
Nem quero lembranças
Quero apenas as flores um ipê roxo
Sobre o lugar de meu descanso.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

domingo, 19 de agosto de 2012

Razão


Meu mundo é pequeno,
Meu mundo é gigante,
O mundo é das formigas,
Mas poderia ser dos elefantes.

Não vejo a razão,
Porque não tenho argumentos,
Minhas razões são pequenas ,
Utopias aos ventos.

Um dia me perguntaram,
Qual era razão do meu viver,
Respondi sem noção,
“Que vivo apenas para sofrer.”

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sábado, 18 de agosto de 2012

Coliseu



A arena,
A luta,
O espetáculo,
A vida.

Poder
Assistir
De camarote
O passar dos homens.

Sem interferir
Nos sonhos.
Sem interferir
Nos resultados.

É um privilégio
Divino.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Duas cores.


Dei apenas um sorriso,
Pelo encanto...
E os meus olhos se perderam
Entre as duas cores...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O céu da boca


Ondas morrem na praia
Pensamentos precipitaram nos ventos 
Não tenho mais inspirações
Não existe mais aquele fogo poético.

Tudo não passou de uma linda ilusão
Naquela noite de frio ao relento
Quando ela fitou os meus olhos cheios de amor
E deitou-se comigo por alguns momentos.

Ela estava a dizer que me amava
Mas preferiu fazer silêncio
Então se vestiu de azul
E sumiu no céu de minha boca.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Marimbondos.


Tudo é uma questão de ângulos
Pois me perco nos sofismas da vida
Não consigo mais entrar em casa
Meu mundo esta literalmente de cabeça para baixo.

Ouço apenas zumbidos e rufar de asas
Embora carregue um ferrão
Não sou anjo nem sou demônio
Sou apenas marimbondo.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

Pintor Zueira



Agradece pelo número considerável  de acessos.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Fim do dia!


Vou me dedicar mais aos “finais de tarde”
Por que os meus amanheceres
Estão muito frios...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Assimétricos


Eu amarei palavra por palavra
Construí um ninho poético
Coloquei lá dentro dois ovos
E nasceram dois versos assimétricos...

O tempo que me corroei os ossos.
 Também me corroei os dedos..
Mas não importa o que ele corroa
Ele está me corroendo por inteiro.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira