
Sou uma águia doente...
Este pode ser o meu último vôo
O meu corpo pede paz
No fundo do vale.
Estou à mercê dos ventos
Planando sobre o abismo
Não contemplo mais o horizonte
Mantenho meus olhos fechados.
Não vou mais pousar no penhasco
A muito não tenho ninho
A muito minha morada são os ventos
E tenho aproveitado as térmicas.
Estou me despedindo do mundo
Levo apenas as boas lembranças
Espero me encontrar com a amada
Do outro lado da vida.
Mas se nada for possível
Se as águias não tiverem almas
Que pelo menos meu corpo
Desapareça nesta queda.
Autor> Gilberto Fernandes Teixeira
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